Suzuki GSX-R 750
Quando se entra na faixa dos 40 anos, a vida financeira (se Deus quiser!) está mais estabilizada e os filhos mais crescidinhos. Muitos decidem realizar um antigo sonho – voltar a pilotar uma moto. Muitos destes motociclistas “enferrujados” acabam optando por modelos superesportivos, que aliam status e prazer sobre duas rodas. Mas algumas dúvidas pairam no ar: além da falta de prática, as motos superesportivas estão cada vez mais potentes, e com o passar dos anos temos que nos adaptar às limitações impostas pelo tempo. Qual então a melhor opção? Racionalmente, a escolha não seria uma superesportiva. Porém, muitas vezes a emoção fala mais alto. E entre as opções disponíveis no mercado brasileiro está a Suzuki GSX-R 750.
O modelo tem as mesmas características da sua irmã mais velha, a GSX-R 1000, porém com um motor um pouco mais “manso”, com somente 150 cavalos. Traz ainda menor peso e a maneabilidade das motos de 600 cm³ de capacidade. Detalhe: a linha GSX-R acabou de completar 25 anos em produção.
Mais bonita e R$ 6.500 mais barata que a GSX-R 1000, a Srad 750, como é popularmente conhecida, tem preço sugerido de R$ 54.670. Apesar da diferença na capacidade do motor e no preço, elas têm muito em comum: o motor com a mesma arquitetura – DOHC (duplo comando no cabeçote), quatro tempos, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, refrigeração líquida e injeção eletrônica. Além de medidas semelhantes, como, por exemplo, distância entre-eixos (1415 mm), distância do solo (130 mm) e altura do assento (810 mm).
As diferenças apresentadas pela GSX-750 ficam por conta do desenho das carenagens, conjunto óptico, escape mais curto e tanque com menor capacidade (16,5 litros).
Mas é embaixo da carenagem que encontramos as respostas para afirmar que a rad 750 é mais fácil de pilotar. Única superesportiva do mercado nacional de 750 cm³ de capacidade cúbica, a moto consegue aliar a maneabilidade das supersport de 600 cm³ e o torque desde as baixas rotações das superbikes de 1000 cc. O torque máximo é de 8,8 kgf.m só a 11.200 rpm, porém a GSX-R 750 conta com a válvula SET (Suzuki Exhaust Tuning) que limita o fluxo de gases em baixas rotações e otimiza a curva de torque também em baixos regimes. Com isso não é preciso andar “esgoelando” o acelerador para que esta Suzy acelere para valer. Até mesmo quem quiser andar de boa, vai curtir essa superesportiva. Aliás, para quem está enferrujado a dica é ir na manha até se acostumar com a moto: acelere e freie com cuidado!
Mas não se engane! Apesar da potência menor, esse propulsor de quatro cilindros em linha acelera para valer. Aí está, na minha opinião, um dos grandes prazeres de se pilotar uma moto desse segmento: basta girar o acelerador com vontade para ver os giros crescerem e a velocidade aumentar de forma alucinante. Por isso mesmo é preciso cuidado e preparo para pilotar uma máquina dessas.
Pilotagem correta
Para os quarentões baixinhos, acima do peso e com poucas “horas de vôo” sobre uma superesportiva (como eu), a sugestão é fazer um curso de pilotagem. Assim o piloto vai ficar mais familiarizado com a moto e também vai aprender técnicas de pilotagem. Pilotar uma superesportiva não é uma tarefa das mais fáceis: exige preparo técnico e físico. Mas se a postura estiver correta, com certeza o motociclista não terá dores nas costas e nos braços.
A dica principal é apoiar as pontas dos pés nas pedaleiras, que na GSX-R 750 são ajustáveis. Não apóie seu peso sobre os braços e na parte dianteira da moto. Pilote mais relaxado e com as costas retas. “Aperte” e controle a moto com as coxas, como se estivesse sobre um cavalo. Nas mudanças de direção empurre a pedaleira para baixo para o sentido que quer seguir.
Outra dica importante para quem não está acostumado a pilotar modelos esportivos: a cada 100 quilômetros rodados pare e estique o esqueleto. Na estrada beba líquido – água, sucos ou isotônico – e faça lanches leves. Outro detalhe fundamental: pilote sempre muito equipado. Um moto como a GSX-R 750 exige macacão, luvas, botas e um capacete de qualidade.
Ciclística
Outros dois fatores contribuem para melhor maneabilidade desta Suzuki: a centralização de massas, na qual o escapamento fica sobre a moto, além do baixo peso – 163 kg a seco, já que o chassi é construído em liga de alumínio. As suspensões ajustáveis também ajudam neste trabalho: garfos telescópicos invertidos na dianteira e balança traseira monoamortecida.
Outro ponto forte são os freios, por isso muito cuidado ao acioná-los. Na dianteira são dois discos flutuantes de 310 mm na dianteira, mordidos por pinças de fixação radial de quatro pistões opostos. A traseira conta com disco simples de 220 mm com pinça de um pistão. Basta acioná-los com vontade para que essa Suzuki 750 estanque no chão. Sem dúvida, um dos melhores conjuntos de freio da categoria.
Outro atrativo desta máquina é o painel de instrumentos. Conta com tacômetro analógico, velocímetro digital em tela de cristal líquido, e luzes indicadoras em LEDs. A moto conta ainda com um shift light (luz de troca de marcha) e indicador de posição de marcha. Se o preço sugerido de R$ 54.672,00 estiver dentro do seu orçamento. Prepare-se, pois a Suzy GSX-R 750 é garantia de altas doses de emoção.
Ficha técnica
Motor: DOHC, Quatro cilindros em linha, 16 válvulas, quatro tempos, refrigerado a líquido, 749 cm³
Potência: 150 cv a 13.200 rpm
Torque: 8,8 kgf.m a 11.200 rpm
Alimentação: Injeção eletrônica
Câmbio: 6 marchas
Partida: Elétrica
Rodas e Pneus Dianteiros: 120/70 ZR 17
Rodas e Pneus Traseiro: 190/50 ZR 17
Suspensão Dianteira: Garfo telescópico invertido, com múltiplos ajustes
Suspensão Traseira: Monoamortecedor, com ajustes de pré-carga da mola
Freio Dianteiro: Disco duplo de 310 mm de diâmetro e mordido por pinça de quatro pistões
Freio Traseiro: Disco simples de 210 mm de diâmetro e mordido por pinça de um pistão
Comprimento Total: 2.0400 mm
Largura Total: 715 mm
Altura Total: 1.125 mm
Entre Eixos: 1.415 mm
Altura Total: 1.125 mm
Entre-Eixos: 1.415 mm
Altura do Assento: 810 mm
Peso Seco: 163 kg
Cores: Preta, preta e laranja e azul
Preço: R$ 54.672,00
Uma das maiores relaçoes custo beneficio do mercado, além do mais seu design arrojado e esportivo tem atraído cada vez mais os brasileiros.
ResponderExcluirMotocicleta com um custo beneficio incrível recomendo
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